Incidência Frontal
A articulação do tornozelo é formada por três ossos, os dois ossos longos da perna, a tíbia e a fíbula, e um osso do tarso, o tálus. A extremidade distal expandida da fíbula delgada, que se estende bem para baixo ao longo do tálus, é denominada de maléolo lateral.
A extremidade distal da tíbia, maior e mais forte, possui uma superfície articular ampla para articulação com a superfície superior do tálus. O processo alongado medial da tíbia que se estende para baixo ao longo do tálus medial é chamado de maléolo medial.
As porções inferiores da tíbia e fíbula formam um "encaixe" profundo ou aberta de três faces designadas de encaixe, no qual se ajusta a porção superior do tálus. Entretanto, todo o espaço articular de três partes do encaixe do tornozelo não é observado em uma incidência frontal verdadeira (incidência AP) devido à superposição mais posterior da fíbula e tíbia distais do tálus. Isso é causado pela posição mais posterior da fíbula distal, como mostrado nestes desenhos. Uma incidência AP rodada internamente em 15º, denominada a posição do encaixe, será demonstrada adiante (Fig. 6.15) para visualizar toda esta articulação do encaixe.
O tubérculo anterior é um processo expandido na tíbia distal anterior e lateral, mostrada articulando-se com o tálus inferior anteriormente em uma vista lateral (Fig. 6.11).
Incidência Lateral
A incidência Lateral verdadeira do tornozelo na Fig 6.11 demonstra que a porção distal da fíbula está localizada a cerca de 1 cm posterior em relação à porção distal da tíbia. Esta relação torna-se importante na avaliação da radiografia lateral verdadeira da perna, do tornozelo ou do pé. Um erro de concepção comum é posicionar e rodar o tornozelo de forma que os maléolos medial e lateral estejam diretamente superpostos. Entretanto, isso resultará numa posição Oblíqua como ilustram estes desenhos. Portanto, uma incidência lateral verdadeira exige que o maléolo lateral esteja a cerca de 1 cm posterior ao maléolo medial.
Observar também que o maléolo lateral mais delgado geralmente estende-se a cerca de 1 cm mais distal que seu equivalente, o maléolo medial (mais bem observado em vista frontal, Fig. 6.10).
O maléolo posterior é um termo não encontrado em textos de anatomia geral e fisiologia, mas usado em referências ortopédicas e de radiologia para designar a extremidade posterior da porção distal da tíbia. É utilizado na descrição de fratura trimaleolar do tornozelo, envolvendo os maléolos lateral e medial, e este maléolo "posterior".
Incidência Axial
Uma incidência Axial da margem inferior das porções distais da tíbia e da fíbula é mostrada na Fig. 6.12. Esta incidência axial visualiza uma imagem "de topo" da articulação do tornozelo, olhando de baixo para cima, demonstrando a superfície inferior côncava da tíbia. Também são demonstradas as posições relativas dos maléolos lateral e medial da fíbula e tíbia, respectivamente. A fíbula menor é novamente mostrada mais posterior. Uma linha desenhada através das porções médias dos dois maléolos estará a cerca de 15º a 20º do plano coronal (o verdadeiro plano laterolateral do corpo). Portanto, a porção inferior da perna e o tornozelo devem ser rodados 15º a 20º para colocar a linha intermaleolar paralela ao plano coronal. Esta relação das porções distais da tíbia e da fíbula torna-se importante no posicionamento para várias incidências da articulação do tornozelo, ou do encaixe do tornozelo, conforme descrito na páginas sobre posicionamento deste capítulo.
Articulação do Tornozelo
A articulação do tornozelo é uma articulação sinovial do tipo gínglimo ou dobradiça, com movimentos de flexão e extensão (dorsiflexão e flexão plantar) apenas. Isso requer ligamentos colaterais fortes que se estendem os maléolos medial e lateral até o calcâneo e o tálus. A tensão lateral pode resultar em um "entorse" do tornozelo com estiramento ou laceração dos ligamentos colaterais, bem como laceração dos tendões musculares.
Fonte: Kenneth L. Bontrager
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