quinta-feira, 11 de setembro de 2014

FÊMUR

O fêmur ou osso da coxa é o osso mais longo e mais forte de todo o corpo. Ele é o único osso longo entre a articulação do quadril e a do joelho. 

Porções Média e Distal do Fêmur - incidência Anterior 

De forma semelhante a todos os ossos longos, o corpo ou diáfise do fêmur é a porção delgada, alongada do osso. O fêmur distal visto anteriormente demonstrada a posição da patela. A patela, o maior osso sesamoide do corpo, está localizada anteriormente à porção medial do fêmur. A parte mais distal da patela está superior ou proximal à verdadeira articulação do joelho a 1,25 cm na posição com a perna em extensão total. Esta relação torna-se importante no posicionamento para a articulação do joelho.

A superfície patelar é a depressão triangular, lisa e rasa na porção distal do fêmur anterior que se estende até abaixo da parte inferior da patela, conforme observado neste desenho. Esta depressão às vezes também é dominada sulco intercondilar. (Sulco significa uma depressão.) Parte da literatura também refere-se a esta depressão como o sulco troclear. (Tróclea significa roldana ou estrutura em forma de roldana em referência aos côndilos medial e lateral.) Todos os três termos devem ser conhecidos como referindo-se a esta depressão rasa e lisa.

Observar que a própria patela está, em sua maior parte, superior à superfície patelar com a perna totalmente estendida. Entretanto, quando a perna é fletida, a patela, que esta fixada a grandes tendões musculares, move-se distalmente ou para baixo sobre a superfície patelar. Isso é mais bem mostrado no desenho do joelho em posição lateral.

Porções Média e Distal do Fêmur - Incidência Posterior 

A incidência posterior da porção distal do fêmur demonstra claramente os dois grandes côndilos arredondados que são unidos anteriormente, mas separados distal e posteriormente pela incisura ou fossa intercondilar profunda. Esta incidência posterior demonstra que a fossa intercondilar está basicamente nas faces distal e posterior do fêmur.

As porções distais arredondadas dos côndilos medial e lateral contêm superfícies articulares lisas para articulação com a tíbia. O côndilo medial estende-se mais para baixo ou distalmente que o lateral quando a diáfise do fêmur é vertical, como neste desenho. Isso explica porque o RC deve ser angulado 5º a 7º cefálico para uma incidência lateral do joelho, a fim de produzir superposição direta dos dois côndilos quando o fêmur está paralelo ao filme. A explicação para isso também é observada na Fig.20, que demonstra que na posição anatômica ereta, na qual os côndilos femorais distais estão paralelos ao chão na articulação do joelho, a diáfise do fêmur forma um angulo de aproximadamente 10º com o eixo vertical para um adulto médio. A variação é de 5º- 15º. * Este ângulo seria maior em uma pessoa baixa com a pelve mais larga, menor em uma pessoa alta com a pelve estreita. Portanto, em geral este Angulo é maior nas mulheres que nos homens.

Uma diferença distintas entre os côndilos medial e lateral é a presença do tubérculo adutor, uma área ligeiramente elevada que recebe o tendão do músculo adutor. Este tubérculo está presente nas faces lateral e posterior do côndilo medial. É mais bem observado em uma incidência lateral ligeiramente rodada da porção distal do fêmur e joelho. A presença deste tubérculo adutor no côndilo medial é importante na crítica de uma radiografia lateral do joelho para rotação porque permite ao observador determinar se o joelho está pouco ou excessivamente rodado para corrigir um erro de posicionamento quando o joelho não esta na posição lateral verdadeira. Isso é mostrado na radiografia.

Os epicôndilos medial e lateral, que podem ser palpados, são proeminências rugosas para fixação de ligamentos e estão localizadas nas porções mais externas dos côndilos. O epicôndilo medial, juntamente com os tubérculos adutores, é o mais preminente dos dois.

 Fonte: Kenneth L. Bontrager

terça-feira, 26 de agosto de 2014

PERNA - TÍBIA E FÍBULA


O segundo grupo de ossos do membro inferior a ser estudado neste capítulo é composto pelos dois ossos da perna, tíbia e fíbula.

Tíbia

A tíbia, como um dos maiores ossos do corpo, é aquele que sustenta o peso da perna. Ela pode ser facilmente palpada através da pele na parte ântero-medial da perna. É constituída de três partes, o corpo (diáfise) central e duas extremidades.

extremidade proximal: Os côndilos medial e lateral são os dois grandes processos que formam as faces medial e lateral da porção proximal da tíbia.

A eminência intercondilar, algumas vezes denominada espinha tibial, inclui duas pequenas proeminências pontiagudas, chamadas de tubérculos intercondilares medial e lateral, localizadas na superfície superior da tíbia entre os dois côndilos.

A superfície articular superior dos côndilos inclui duas faces articulares côncavas e lisas, comumente designadas de platôs tibiais, que se articulam com o fêmur. Como observado na incidência lateral (Fig. 6.18), as faces articulares determinam uma curva posterior de 10º a 20º no plâto tibial em relação ao eixo longitudinal da tíbia.* Esta é uma consideração anatômica importante porque, no posicionamento para uma radiografia AP do joelho, o raio central deve ser angulado, conforme o necessário, em relação com o filme e o tampo da mesa para estar paralelo ao platô tibial. Este ângulo do RC é essencial para demonstrar o espaço articular "aberto" na incidência AP  de joelho.

A tuberosidade tibial na extremidade proximal da tíbia é uma proeminência de textura rugosa localizada na superfície médio-anterior da tíbia imediatamente distal aos côndilos. Esta tuberosidade é a fixação distal do tendão patelar, que se conecta ao grande músculo da parte anterior da coxa. Algumas vezes, em pessoas jovens, a tuberosidade tibial separa-se do corpo da tíbia, uma condição conhecida como doença de Osgood-Schlatter.

O corpo (diáfise) é a porção longa da tíbia entre as duas extremidades. Ao longo da superfície anterior do corpo, estendendo-se da tuberosidade tibial até o maléolo medial, há uma crista pontiaguda denominada crista ou borda anterior. Esta crista anterior aguda está logo sob a superfície cutânea frequentemente chamada de "canela" ou "osso da canela".

Extremidade Distal: A extremidade distal da tíbia é menor que a proximal e termina em um processo piramidal curto designado maléolo medial, facilmente palpado sobre a face medial do tornozelo.

A face lateral da extremidade dista da tíbia forma uma incisura fibular triangular, achatada, para para articulação com a tíbia distal. A superfície articular côncava, lisa, inferior é contínua com a superfície articular do maléolo medial para articulação do tálus. Esta articulação forma a articulação ou encaixe do tornozelo, conforme descrito anteriormente.

Fíbula

A fíbula menor pode ser observada localizada lateral e posteriormente à tíbia maior. A fíbula articula-se com a tíbia proximalmente, e com a tíbia e o tálus distalmente. A extremidade proximal da fíbula é expandida, formando a cabeça, que se articula com a face lateral da superfície póstero-inferior do côndilo lateral da tíbia. A face proximal extrema da cabeça é pontiaguda e conhecida como o ápice (processo estilóide) da cabeça da fíbula. A área afilada, logo abaixo da cabeça, é o colo da fíbula.

O corpo (diáfise) é a porção longa, delgada da fíbula, entre as duas extremidades. A extremidade distal aumentada da fíbula pode ser palpada como uma protuberância distinta na face lateral da articulação do tornozelo, e como descrito anteriormente, é denominada maléolo lateral.

 Fonte: Kenneth L. Bontrager



sexta-feira, 22 de agosto de 2014

ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO

Incidência Frontal

A articulação do tornozelo é formada por três ossos, os dois ossos longos da perna, a tíbia  e a fíbula, e um osso do tarso, o tálus. A extremidade distal expandida da fíbula delgada, que se estende bem para baixo ao longo do tálus, é denominada de maléolo lateral.

A extremidade distal da tíbia, maior e mais forte, possui uma superfície articular ampla para articulação com a superfície superior do tálus. O processo alongado medial da tíbia que se estende para baixo ao longo do tálus medial é chamado de maléolo medial.

As porções inferiores da tíbia e fíbula formam um "encaixe" profundo ou aberta de três faces designadas de encaixe, no qual se ajusta a porção superior do tálus. Entretanto, todo o espaço articular de três partes do encaixe do tornozelo não é observado em uma incidência frontal verdadeira (incidência AP) devido à superposição mais posterior da fíbula e tíbia distais do tálus. Isso é causado pela posição mais posterior da fíbula distal, como mostrado nestes desenhos. Uma incidência AP rodada internamente em 15º, denominada a posição do encaixe, será demonstrada adiante (Fig. 6.15) para visualizar toda esta articulação do encaixe.

O tubérculo anterior é um processo expandido na tíbia distal anterior e lateral, mostrada articulando-se com o tálus inferior anteriormente em uma vista lateral (Fig. 6.11).

Incidência Lateral

A incidência Lateral verdadeira do tornozelo na Fig 6.11 demonstra que a porção distal da fíbula está localizada a cerca de 1 cm posterior em relação à porção distal da tíbia. Esta relação torna-se importante na avaliação da radiografia lateral verdadeira da perna, do tornozelo ou do pé. Um erro de concepção comum é posicionar e rodar o tornozelo de forma que os maléolos medial e lateral estejam diretamente superpostos. Entretanto, isso resultará numa posição Oblíqua como ilustram estes desenhos. Portanto, uma incidência lateral verdadeira exige que o maléolo lateral esteja a cerca de 1 cm posterior ao maléolo medial.

Observar também que o maléolo lateral mais delgado geralmente estende-se a cerca de 1 cm mais distal que seu equivalente, o maléolo medial (mais bem observado em vista frontal, Fig. 6.10).

O maléolo posterior é um termo não encontrado em textos de anatomia geral e fisiologia, mas usado em referências ortopédicas e de radiologia para designar a extremidade posterior da porção distal da tíbia. É utilizado na descrição de fratura trimaleolar do tornozelo, envolvendo os maléolos lateral e medial, e este maléolo "posterior".

Incidência Axial

Uma incidência Axial da margem inferior das porções distais da tíbia e da fíbula é mostrada na Fig. 6.12. Esta incidência axial visualiza uma imagem "de topo" da articulação do tornozelo, olhando de baixo para cima, demonstrando a superfície inferior côncava da tíbia. Também são demonstradas as posições relativas dos maléolos lateral e medial da fíbula e tíbia, respectivamente. A fíbula menor é novamente mostrada mais posterior. Uma linha desenhada através das porções médias dos dois maléolos estará a cerca de 15º a 20º do plano coronal (o verdadeiro plano laterolateral do corpo). Portanto, a porção inferior da perna e o tornozelo devem ser rodados 15º a 20º para colocar a linha intermaleolar paralela ao plano coronal. Esta relação das porções distais da tíbia e da fíbula torna-se importante no posicionamento para várias incidências da articulação do tornozelo, ou do encaixe do tornozelo, conforme descrito na páginas sobre posicionamento deste capítulo.

Articulação do Tornozelo

A articulação do tornozelo é uma articulação sinovial do tipo gínglimo ou dobradiça, com movimentos de flexão e extensão (dorsiflexão e flexão plantar) apenas. Isso requer ligamentos colaterais fortes que se estendem os maléolos medial e lateral até o calcâneo e o tálus. A tensão lateral pode resultar em um "entorse" do tornozelo com estiramento ou laceração dos ligamentos colaterais, bem como laceração dos tendões musculares.

 Fonte: Kenneth L. Bontrager




terça-feira, 19 de agosto de 2014

Ossos do Tarso MMII (Part.2)

Calcâneo

O maior e mais forte osso do pé é o calcâneo. Sua porção posterior frequentemente é denominada osso do calcanhar. A parte mais pósteroinferior do calcâneo contém um processo chamado de tuberosidade. Alguns grandes tendões estão fixados a este processo rugoso e estriado que, em seus pontos mais largos, possui dois pequenos processos arredondados. O maior destes é designado de processo lateral. O processo medial é menor e menos pronunciado.

Outra crista de osso que varia em tamanho e formato e é visualizada lateralmente na incidência axial é a tróclea fibular. Algumas vezes, em geral, esta também é dominada processo troclear. Na face proximal medial, há um processo ósseo maior, mais proeminente, chamado de sustentáculo do tálus, que literalmente significa um suporte para o tálus.

articulações: O calcâneo articula-se com dois ossos: anteriormente, com o cubóide; superiormente, com o tálus. A articulação superior com o tálus forma a importante articulação subtalar (calcâneo talar). Existem três facetas articulares específicas nesta articulação com o tálus através das quais o peso do corpo é transmitido para o solo na posição ereta. Há a faceta articular posterior maior e as facetas articulares anterior e média, menores.

Observar que a faceta articular média é a porção superior do proeminente sustentáculo do tálus, que proporciona o suporte medial para esta importante articulação de sustentação do peso.

A depressão profunda entre as facetas articulares posterior e média é designada de sulco do calcâneo (Fig. 6.6. Este, combinado a um sulco ou depressão semelhante do tálus, forma uma abertura para a passagem de determinados ligamentos. Esta abertura ou espaço, encontrada no meio da articulação subtalar, é denominada de seio do tarso (Fig. 6.7).



Tálus

O tálus é o segundo maior osso do tarso e está localizada entre a perna e o calcâneo. Portanto, o peso do corpo é transmitido por este osso através das importantes articulações do tornozelo e talocalcânea.

Articulações: O tálus articula-se com quatro ossos: superiormente, com a tíbia e a fíbula; inferiormente, com o calcâneo; anteriormente, com o navicular.

Navicular

O navicular é um osso oval, achatado, localizado na face medial do pé entre o tálus e os três cuneiformes.

Articulações: O navicular articula-se com quatro ossos: posteriormente,
com o tálus;  anteriormente, com os três cuneiformes.

Cuneiformes (3)

Os três cuneiformes (isto é, em forma de cunha ) estão localizados nas faces medial e média do pé, entre os primeiros três metatarsianos distalmente e o navicular a nível proximal. O maior cuneiforme, que se articula com o primeiro metatarsiano, é o cuneiforme medial (primeiro ou interno). O cuneiforme intermédio (segundo ou médio), que se articula com o segundo metatarsiano, é o menor dos cuneiformes. O cuneiforme lateral (terceiro ou externo) articula-se com o terceiro metatarsiano distalmente e com o cubóide lateralmente. Todos os três cuneiformes articulam-se com o navicular proximalmente.

Articulações: O cuneiforme medial articula-se com o quatro ossos; o navicular proximalmente; o primeiro e o segundo metatarsianos distalmente; e o intermédio lateralmente.

cuneiforme intermédio também articula-se com quatro ossos; o navicular proximalmente; o segundo metatarsiano distalmente; e os cuneiformes medial e lateral de cada lado.

O cuneiforme lateral articula-se com seis ossos: o navicular proximalmente; o segundo, o terceiro e o quarto metatarsianos distalmente, o cuneiforme intermédio medial e o cubóide lateralmente.

Cubóide

O cubóide está localizado na face lateral do pé, distal ao calcâneo e proximal ao quarto e quinto metatarsianos.

Articulações: O cubóide articula-se com quatro ossos: o calcâneo proximalmente; o cuneiforme lateral medialmente; e o quarto e o quinto metatarsianos distalmente. (Ocasionalmente, também pode se articular com o navicular.)

Arcos

Arco Longitudinal: Os ossos do pé são dispostos em arcos longitudinal e transverso que proporcionam forte apoio de absorção de choque para o peso  do corpo. O arco flexível, longitudinal, é composto de um componente medial e um lateral com a maior parte do arco nas faces medial e média do pé.

Arco Transverso:  O arco transverso está localizado basicamente ao longo da superfície plantar dos ossos distais do tarso e das articulações tarsometatarsianas. Ele é constituído basicamente pelos cuneiformes, principalmente o segundo e o terceiro cuneiformes menores (Fig. 6.9) em combinação com o primeiro cuneiforme maior e o cubóide.


Fonte: kenneth L. Bontrager





sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Ossos do Tarso MMII

Ossos do Tarso

Os sete grandes ossos da porção proximal do pé são denominados ossos do tarso. Os nomes dos ossos do tarso podem ser lembrados com o auxílio de uma regra: Carlos Tenha Cuidado Naqueles 3 Cruzamentos.

(1) Carlos                            -Calcâneo
Ossos do Tarso
(2) Tenha                            -Tálus
(3) Cuidado                         -Cubóide
(4) Naqueles                        -Navicular
(5-6-7) 3 Cruzamentos        - 1º,2º,3º Cuneiformes

Observar anteriormente que os ossos calcâneo, tálus e navicular também são algumas vezes conhecidos por nomes alternativos: os calcis, astrágalo e escafóide. Entretanto, o uso correto dita que o osso do tarso deve ser chamado de navicular, enquanto o do carpo, que possui um formato semelhante, de escafóide. (O osso do carpo, infelizmente, tem sido denominado, com mais frequência, navicular, em lugar da designação preferida, escafóide.)

As semelhanças com o membro superior são menos óbvias com os ossos do tarso, visto que existem apenas sete ossos do tarso em comparação com os oito do carpo. Também, os ossos do tarso são maiores e menos móveis, porque proporcionam uma base de sustentação para o corpo em uma posição ereta, em comparação com os oito ossos do carpo menores e mais móveis.

Os sete ossos do tarso algumas vezes são designados de ossos do tornozelo, embora apenas um deles, o tálus, esteja diretamente envolvido na articulação do tornozelo. Cada um destes ossos do tarso serão estudados individualmente e em conjunto com uma lista de ossos com os quais eles se articulam.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ossos Sesamóides MMII

Ossos sesamoides

Vários Pequenos Ossos distintos, chamados de Ossos  sesamoides, são encontrados frequentemente nos pés e nas mãos. Estes ossos adicionais, incrustados em determinados tendões, frequentemente estão presentes próximos a várias articulações. Nos membros superiores, os ossos sesamoides são muito pequenos e encontrados com maior frequência na superfície palmar perto das articulações metacarpofalangianas, ou ocasionalmente na articulação interfalangiana do polegar.

Nos membros inferiores, os ossos sesamoides tendem a ser maiores e mais significativos radiograficamente. O maior osso sesamoide do corpo é a patela, conforme conforme descrito adiante neste capítulo. Também os ossos sesamoides ilustrados na Fig. 6.4 estão quase sempre presentes na superfície plantar ou são posteriores ao nível da cabeça do primeiro metatarsiano próximo da primeira articulação metatarsofalangiana. Os ossos sesamoides também podem ser encontrados perto das outras articulações do pé. São importantes radiologicamente, porque é possível haver fratura destes pequenos ossos. Em virtude de sua localização plantar, podem ser muito dolorosos e causar desconforto ao se colocar peso sobre aquele pé. Podem ser necessárias incidências tangenciais especiais para demonstrar uma fratura de um osso sesamoide.

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Césio 137

Vamos relembrar o momento mais triste da história do brasil, para os apaixonados pela Radiologia assistam esse vídeo.



Linha Direta Justiça exibido na Rede Globo em 09/08/2007, a história do acidente radiológico ocorrido em Goiânia.

Articulações das Falanges (Artelhos) e Metatarsos MMII

Articulações Das falanges (Artelhos) e Metatarsos


Articulações dos Dedos:

É importância identificar as articulações dos dedos do pé, já que fraturas podem Envolver as superfícies articulares. Cada Articulação do pé tem um nomo derivado dos Dois Ossos de cada lado daquela Articulação. Entre como falanges proximal e distal do primeiro dedo, está a articulação interfalangeana ou IF.

Como os dedos  dois a cinco são constituídos por três Ossos cada um, estes dedos também possui duas articulações. Entre as falanges média e distal, há articulação interfalangiana distal ou IFD. Entre as falanges proximal e média, existe a articulação interfalangiana proximal ou IFP.

Articulações dos metatarsos : 

Cada uma das Articulações na Cabeça do metatarsiano é uma Articulação metatarsofalangiana ou MFenquanto cada uma das articulações na base do metatarsiano é uma Articulação tarsometatarsianaou TM . A base do Terceiro metatarsiano ou a Terceira Articulação tarsometatarsiana é importante porque este é o ponto de centralização ou a localização do raio central (RC) para incidência AP e oblíqua do pé.

Ao se descreverem Articulações do pé, é Importante citar Primeiro o nome da articulação, a seguir incluir a indentificação do dedo ou metatarsiano, bem como do pé. Por exemplo, uma lesão ou fratura pode ser descrita como próxima da articulação interfalangeana distal do quinto dedo do Pé Esquerdo.

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Alterações tireoidianas associadas à radiação externa em crianças e adolescentes.


O efeito da radiação ionizante sobre a tireoide vem sendo estudado há várias décadas, e os acidentes nucleares têm sido a maior fonte de informação. Existe associação de hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos e câncer de tireoide com a radiação, mas os limiares de dose, mecanismos de lesão e alguns fatores de risco ainda não estão bem estabelecidos. Crianças são mais suscetíveis à lesão tireoidiana por radiação e necessitam de seguimento prolongado após a exposição. 
Esse tema adquire maior relevância atualmente, pois um grande número de pessoas tratadas com radioterapia para câncer na infância sobrevive e poderá apresentar sequelas. Exames radiodiagnósticos também representam fonte de exposição à radiação na população pediátrica. Nesta revisão, analisamos as diferentes alterações clínico-patológicas e os mecanismos de lesões tireoidianas provocadas por tratamento radioterápico e tomografia computadorizada em crianças e adolescentes. É importante conhecer esses dados para prevenção, detecção precoce e tratamento da disfunção tireoidiana.

Leia o artigo completo: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302011000600002

Anatomia Radiológica MMII

MEMBROS INFERIORES 

Os ossos do membro inferior são divididos em quatro grupos principais, pé,perna, fêmur, e quadril. Este capítulo inclui um um estudo completo da anatomia e do posicionamento para os três grupos, , Perna, fêmur Médio e Distal.


Os ossos do pé são fundamentalmente muito semelhantes aos da mão e do punho .
Os 26 ossos do pé são divididos em três grupos:

Falanges (dedos) 14
Metatarsianos (peito do pé) 5
Ossos do tarso  7
Total : 26 ossos

Falanges - Dedos

Os ossos mais distais do pé são as falanges, que constituem os dedos.
Os cinco dedos de cada pé são numerados de um a cinco, começando na face medial ou no lado do hálux. Observar que o hálux ou primeiro dedo tem apenas duas falanges, da mesma forma que o polegar. Estas são a Falange Proximal e a Distal. Os demais dedos possuem uma Falange Média, além das falanges proximal e distal. Como o hálux possui duas falanges, e os dedos segundo a quinto têm três cada um, há 14 
Falanges em cada pé.

As semelhança s com a mão são evidentes, visto que também existe 14 falanges em cada mão. As duas principais diferenças são o tamanho menor das falanges do pé, e seus movimentos mais limitados que aqueles da mão.

Ao descrever- se qualquer um dos ossos ou articulações do pé também devem- se identificar o dedo éo pé específicos. Por exemplo, a falange distal do primeiro dedo do pé  direito não deixa dúvida quanto ao osso em questão.
Deve- se observar que as falanges distais do segundo ao quinto dedos são muita pequenas, e pode ser difícil identificá-las como ossos distintos em uma radiografia.

Metatarsianos

Os cinco ossos do "peito do pé" são os Metatarsianos. Estes são numerados da mesma Forma que os dedos, sendo o número um na face medial e o cinco na lateral.

Cada um dos metatarsianos é composto de três partes. A pequena parte distal arredondada de cada metatarsiano é a cabeça. A porção delgada, longa, de localização central, é denominada de corpo (diáfise). A extremidade proximal, expandida, de cada metatarsiano é a base.
A base do quinto metatarsiano é expandida lateralmente, formando uma tuberosidade rugosa proeminente, que serve para a fixação de um tendão. A porção proximal do quinto metacarpiano, incluindo esta tuberosidade, é facilmente visível em radiografias, sendo um local comum de traumatismo no pé; portanto esta área deve ser bem visualizadas em radiografias.

Fonte: Kenneth L. Bontrager

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

FORMAÇÃO DOS RAIOS X

Introdução:

Os raios X têm origem no choque de elétrons acelerados contra um obstáculo material (alvo), geralmente de metal. A interação entre esses elétrons e os átomos do obstáculo resultará na formação dos raios X e calor.

A liberação dos elétrons ocorre no catódio, em função da energia térmica (aquecimento) fornecida ao filamento, processo denominado emissão termiônica. O filamento helicoidal do catódio é aquecido até aproximadamente 2000°C, por intermédio de um transformador especial de filamento, gerando, assim, os elétrons (nuvem eletrônica ou carga espacial), que são acumulados em torno do filamento em um coletor eletrônico, evitando a dispersão. O ajuste da intensidade do feixe de elétrons (quantidade de raios X) é dado pela intensidade da corrente do tubo de raios X (mA).


Com a aplicação de uma corrente de alta tensão (KV) no tubo de raios X, de modo que o pólo negativo seja o catódio e o pólo positivo seja o anódio,os elétrons (em forma de feixe) serão, simultaneamente, repelidos do catódio e atraídos pelo anódio. O vácuo no interior do tubo tem as funções de evitar uma redução da velocidade no deslocamento dos elétrons do catódio até o anódio e isolar a alta tensão.

O circulo elétrico  responsável pela geração dos elétrons (intensidade do feixe de radiação - mA) é diferente do circulo gerador de alta tensão (KV).

Os elétrons são desacelerados no anódio (no ponto ou pista focal), e sua energia é convertida em calor e raios X. O tipo de interação entre o elétron incidente e o alvo (anódio) irá determinar o tipo de radiação formada.

Fonte: Antônio Biasoli Jr.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

HISTORIA DOS RAIOS X

Wilhelm Conrad Rontgen, nasceu em 27 de março de 1845, na cidade alemã de lennep (atual Remscheid), onde atualmente se encontra o museu de Rontgen. Faleceu em Munich (Alemanha) em 10 de fevereiro de 1923, tendo sido encerrado na cidade alemã de Giessen.

Wilhelm Conrad Rontgen
Em 8 de novembro de 1895, o professor de física teórica. Doutor Wilhelm Conrad Rontgen, descobriu os raios X, em Wurzburg (Alemanha), fato ocorrido a partir de experiências com as ampolas de Hittorf (Johann Wilhelm Hittorf - físico alemã) e Crookes (william Crookes - físico e químico inglês).

Em 22 de dezembro de 1895, Rontgen fez a primeira radiografia da história, da mão esquerda de Anna Bertha Ludwig Rontgen, sua mulher, e seis dias após publicou na revista Sitzungs Berichte, da sociedade Físico-Médica de Wurzburg, o célebre artigo "Sobre um novo tipo de raio - Comunicação prévia". Posteriormente, outros dois trabalhos referentes aos raios X foram publicados por ele: um ainda em 1896, conhecido como "2ª Comunicação", e outro em 1897, conhecido como "3ª Comunicação".

Rontgen fez apenas duas apresentações sobre a sua descoberta. A primeira em 12 de janeiro de 1896, na corte imperial de Berlim, para o imperador alemão Guilherme II e, a segunda (única conferência científica), na Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, em 23 de janeiro de 1896. Nessa conferência, fez a radiografia da mão do anatomista Albert von Koelliker.

A natureza dos raios X foi definida apenas em 1912, quando das publicação dos trabalhos de Max von Laune, Walther Friedrich e Paul Knipping.

Os instrumentos reunidos por Rontgen  e pelos primeiros eletrorradiologistas (operadores de Raios X) resultaram em uma cadeia emissora de raios X de baixo rendimento (1 a 2mA), onde uma radiografia de mão necessitava de vários minutos de exposição e a de um crânio, cerca de uma hora. A adaptação da descoberta de Rontgen para fins médicos foi feita pelos eletrorradiologistas e engenheiros.

Fonte: Antônio Biasoli Jr.

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Britânicos elegem raio-X como a melhor invenção da história

A máquina de raios-X foi eleita a melhor invenção de todos os tempos em uma votação realizada pelo Museu de Ciências de Londres.
O equipamento, criado em 1895, recebeu 10 mil do total de quase 50 mil votos computados pelo museu, que pediu para os eleitores refletirem sobre o impacto da invenção no passado, no presente e no futuro.
Raios-X permitiram visualizar corpos sem precisar abri-los
Ele possibilitou pela primeira vez a visualização do interior do corpo humano sem que fosse preciso abri-lo.
A medicina foi um dos campos que recebeu mais votos, colocando duas outras invenções no topo da lista: a penicilina (em segundo lugar) e a descoberta da estrutura do DNA (em terceiro).
Entre as dez invenções mais votadas estão ainda a nave Apollo 10, a máquina a vapor e o telégrafo.
'Paciente transparente'
Andy Adam, presidente do Royal College of Radiologists, se disse muito feliz com o resultado, pois, segundo ele, a máquina de raios-X revolucionou a medicina.
"A tecnologia na radiologia hoje avançou tanto que estamos chegando à era do 'paciente transparente'", afirmou.
Para Ben Bradshaw, secretário de Cultura, Mídia e Esportes, a escolha do público mostrou "nossa curiosidade insaciável por saber como as coisas funcionam".
A eleição foi realizada pelo Museu de Ciências de Londres para marcar o seu centenário. Exemplares dos objetos mais votados estão expostos no local.

Telerradiologia amplia acesso à saúde no Brasil

A realização de exames de imagem tem sido decisiva em processos de diagnóstico e tratamento de muitas doenças, como o câncer e a osteoporose. No entanto, o acesso a radiografia, mamografia, densitometria óssea, tomografia computadorizada e ressonância magnética permanece como um dos principais gargalos do sistema de saúde brasileiro, tanto na esfera pública quanto na privada. Muitos brasileiros precisam esperar meses para agendar um exame ou receber um resultado - tempo que pode ser determinante para salvar uma vida. A solução para esse quebra-cabeças está na própria tecnologia: por meio da telerradiologia, que permite a elaboração de laudos de radiologia a distância, é possível ampliar o acesso da população a esses exames. Pioneira no Brasil, a Pró-Laudo confirma esta hipótese ao registrar, em junho, a marca de 250 mil vidas atendidas desde o início de suas operações, em maio de 2009.

O cenário da oferta de exames de diagnóstico por imagem no país é simples de se entender: faltam equipamentos, faltam médicos especializados em radiologia e sobram pacientes. Os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) descrevem a cobertura desses equipamentos: para cada um milhão de brasileiros, há 17,6 mamógrafos, 5,6 aparelhos de densitometria óssea, 3 equipamentos para ressonância magnética e 10,6 tomógrafos computadorizados. O acesso é dificultado, ainda, pela escassez de radiologistas no país. Muitas clínicas e hospitais, mesmo na rede privada, contam com um número reduzido de profissionais especializados em radiologia, devidamente capacitados para realizar os exames - o que só faz aumentar o tempo de espera do paciente. 

A notícia boa é que a telerradiologia possibilita a realização de exames até nos lugares mais remotos do Brasil. “Com a carência de radiologistas no país, muitos centros médicos não conseguem dar conta de realizar esses exames. Nós sabemos disso porque diversas clínicas inauguraram a sua oferta de exames de radiologia somente após a contratação do nosso serviço para elaboração de laudos a distância”, informa o médico Felipe Morais, diretor da Pró-Laudo.

O radiologista Luiz Felipe Bandeira de Mello, coordenador médico do Hospital Israelita Albert Sabin, afirma que o uso da telerradiologia resolveu um problema que afeta a maioria dos centros médicos do país: a realização de exames de radiologia no período noturno e nos finais de semana, quando há poucos profissionais à disposição. “Conseguimos aumentar significativamente o volume de atendimentos realizados. Nos primeiros seis meses de parceria com a Pró-Laudo, o crescimento foi de 20%. Depois, continuamos crescendo. Saltamos de uma média de 250 exames por mês, que permanecia estagnada, para 350 em 2012, 550 em 2013 e em 2014 já atingimos picos de 600 exames por mês. Sem uma rede de radiologistas para elaborar os laudos isso seria impossível”, aponta.

Morais explica que a missão da Pró-Laudo é ampliar o acesso dos brasileiros a exames de imagem e, assim, a diagnósticos mais precisos - o que é fundamental para tratamentos mais efetivos e, consequentemente, uma população mais saudável. “Elaboramos laudos a distância, prestando suporte tecnológico e operacional para clínicas e hospitais que realizam exames de raios-x, mamografia, densitometria óssea, tomografia computadorizada e ressonância magnética”, aponta o diretor da empresa.

Segundo ele, a missão está sendo cumprida com sucesso, graças a uma rede de radiologistas especializados, que elaboram laudos a distância para hospitais e clínicas em todo o Brasil, ininterruptamente. “Boa parte dessas 250 mil pessoas atendidas pela Pró-Laudo fez o seu exame em unidades de saúde que não teriam serviços de radiologia instalados se não pudessem contar com o suporte da telerradiologia para elaborar os laudos. Outra parte destes pacientes pôde receber o resultado de seu exame mais rápido e assim dar prosseguimento ao tratamento com mais agilidade”, avalia Morais.

Sobre a Pró-Laudo
Criada em 2009, a Pró-Laudo é uma empresa de telerradiologia, que oferece o serviço de elaboração de laudos de radiologia a distância. Com uma rede de 40 radiologistas altamente especializados, a empresa está à disposição de clínicas e hospitais que realizam exames de imagem 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os laudos são elaborados com excelência e agilidade: laudos de urgência são entregues em até 30 minutos e laudos de rotina em até 12 horas. Com o suporte técnico e operacional da telerradiologia, clínicas e hospitais podem aumentar a oferta de exames, contribuindo assim para a ampliação do acesso à saúde.
http://noticias.r7.com/dino/saude/telerradiologia-amplia-acesso-a-saude-no-brasil-28072014

PLANOS, CORTES E LINHAS DO CORPO (Part 2)

Corte - Uma superfície de "corte" ou "fatia" de um órgão.

Cortes Longitudinais:

  • Aqueles cortes no comprimento na direção do eixo longitudinal do corpo ou de qualquer suas partes, independentemente da posição do corpo (ereto ou decúbito).
Cortes longitudinais podem ser feitos nos planos sagital ou  coronal.


Cortes Transversais ou Axiais:

  • São feitos em ângulos retos ao longo de qualquer ponto do eixo longitudinal do corpo ou suas partes.
NOTA: Planos ou cortes oblíquos são aqueles planos ou cortes que se inclinam ou desviam de qualquer dos três planos do corpo.

Imagens sagitais, coronais e axiais: Imagens por TC e RM são feitas nestas três orientações ou imagem sagital é um corte seccional através de um plano sagital. Uma imagem coronal, é observada através de um plano coronal. A imagem axial (em cortes transversal) refere-se a uma incidência perpendicular em algum ponto ao longo do comprimento do corpo.
incidências. A


terça-feira, 29 de julho de 2014

O Desastre de Chernobyl.

Essa historia fantástica onde pessoas perderam suas casas,familia,e a própria vida para acabar com um desastre que mudaria a vida de todos. Para os Amantes da Radiologia vale apena assistir e para os que não conhecem vão ficar impressionados.

PLANOS, CORTES E LINHAS DO CORPO (Part 1)

Os termos de posicionamento que descrevem os ângulos do raio central ou relações entre as partes do corpo frequentemente estão relacionados aos planos imaginários que atravessam o corpo na posição anatômica. O estudo da TC (tomografia Computadorizada) e RM (ressonância magnética) enfatiza a anatomia seccional, que também envolve os planos e cortes primários do corpo como a seguir.

Plano- Uma superfície em linha reta que conecta dois pontos.

  Plano Sagital:

  •  O Plano médio-sagital,também denominado plano mediano,é um plano que divide o corpo em partes direita e esquerda iguais.Passa aproximadamente através da sutura sagital do crânio; portanto, qual quer plano paralelo ao plano mediano é denominado plano sagital.
Plano Coronal ou Frontal:
  • O Plano médio-coronal, divide o corpo em partes anterior e posterior iguais. É denominado plano coronal porque passa aproximadamente através da sutura coronal do crânio. Portanto, qualquer plano paralelo ao plano frontal ou médio-coronal é um plano coronal.
Plano Horizontal (Transversal ou Axial):
  • Qualquer plano que passa através do corpo formando ângulos retos com os planos sagital ou coronal, dividindo o corpo em porções superior e inferior.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Esta imagem está representado na maioria dos jalecos de todos os TÉCNICOS EM RADIOLOGIA


SAÚDE PESSOAL: NÍVEIS DE RADIAÇÃO AUMENTAM, TRAZENDO RISCOS FREQUENTEMENTE IGNORADOS

Conforme o CRTR - SP (Conselho Regional dos Técnicos em Radiologia), A radiação, assim como o álcool, é uma faca de dois gumes. Ela traz inegáveis benefícios médicos: a radiação pode revelar problemas escondidos, que vão de ossos quebrados a lesões pulmonares, problemas cardíacos e tumores. Além disso, ela pode ser utilizada para tratar e, às vezes, para curar certos tipos de câncer. Entretanto, a radiação também apresenta uma grave desvantagem médica: sua capacidade de corromper o DNA e, 10 ou 20 anos mais tarde, causar um câncer. As tomografias computadorizadas expõem três quartos dos americanos a uma radiação de 100 a 500 vezes maior do que a de um exame de raios X normal e, atualmente, acredita-se que seja responsável por 1,5 por cento de todos os casos de câncer dos Estados Unidos. Reconhecer o perigo envolvido no aumento do número de exames radiológicos levou inúmeros especialistas, incluindo um grande número de radiologistas, a exigir mais parcimônia antes de pedir exames de imagiologia médica. "Houve um aumento no volume de todos os tipos de exames de imagiologia, mas as tomografias respondem pela maior parte desse fenômeno", afirmou a Dra. Rebecca Smith-Bindman, especialista em radiologia e imagiologia biomédica na Universidade da Califórnia, em San Francisco. "Obviamente, esse tipo de exame está sendo utilizado em excesso. Todos os anos, mais de 10 por cento dos pacientes estão sendo expostos a doses altíssimas de radiação."